Livre Arbítrio e Tikun

Livre Arbitrio e Tikun

 

Aprendi com a Vida que é preciso tolerar duas ou três lagartas se quisermos conhecer as Borboletas. Você já imaginou em que  estágio está, de lagarta ou Borboleta?

Belisa do Arcanjo Miguel

 

A astrologia convencional diz que nosso caráter é determinado pela posição dos planetas ou estrelas. Todas as decisões já foram tomadas. Está acabado, estamos presos, não está em nossas mãos.

A Cabalah enfaticamente discorda!

Os sábios da Cabalah nos dizem que no instante preciso que nos proporciona a melhor oportunidade de sermos o melhor que podemos ser. A Cabalah diz que teremos nesta vida opções exatamente iguais às que tivemos em nossas vidas passadas. Nossas opções passadas determinaram onde nós começamos, e nossas opções presentes determinarão onde vamos chegar. As decisões são nossas. Nosso destino está em nossas próprias mãos.

Tivemos livre arbítrio desde o começo dos tempos. Foi o Receptor que escolheu rejeitar a Luz para realizar o seu potencial para compartilhar e se tornar a causa de seu próprio destino. O Receptor disse: “Chega de Luz, a não ser que eu me torne uma força causativa.” Se não fosse por esse ato de livre arbítrio não estaríamos aqui hoje – não teria havido restrição, nem Big Bang, nem Universo da forma em que o conhecemos. Desde então estivemos tomando boas e más decisões, mas fomos nós mesmos que o tomamos. É exatamente neste ponto do livre arbítrio que a Cabalah difere da Astrologia convencional.

Mas com o livre arbítrio vem a responsabilidade. Nós somos responsáveis pelo lugar onde nos encontramos. Estamos guiando nossos próprios  “carros”.

Isso significa que não podemos ficar culpando nossas mães, nossos pais, nossos chefes ou até mesmo D’us pela posição que nos encontramos. Algumas de nossas escolhas de vidas passadas não foram muito boas no que toca o crescimento de nossas almas. Algumas serviam apenas nós mesmos, nada fizeram para melhorar nossa capacidade de compartilhar e nos tornarmos mais parecidos com a Luz. Podemos ter permitido que todo tipo de episódios externos e posses materiais controlassem e motivassem toda a nossa existência. Fomos meramente o efeito, saltamos como uma bola de ping pong, movidos por pressão da sociedade, ciúme e ambição cega. De fato, essas escolhas egoístas em vidas anteriores estabeleceram obstáculos que estamos sendo solicitados a superar nesta vida.

Esses obstáculos na verdade são bons. São eles que tornam a vida interessante e desafiante. Que é uma corrida de barreira sem as barreiras? Mas a coisa mais importante é esta: aquilo que construímos podemos  destruir.

A Astrologia convencional diz: “ Você está aprisionado pelas  posições dos planetas ou estrelas.” A Cabalah diz: “Se você quiser chamar isto de prisão, é uma prisão que você mesmo construiu. Suas escolhas passadas construíram os muros. Suas escolhas presentes podem destruir esses muros.”

Uma das ferramentas mais poderosas para quebrar estes muros é o Tikun, “correção” em hebraico.

O conceito cabalístico de Tikun revela o tipo de escolhas que fizemos em vidas passadas, e, o que é  mais importante, que escolhas devemos fazer desta vez.

Entender o nosso Tikun pessoal , nós podemos:

Identificar nossas fraquezas do passado;

  • Reconhecer a bagagem que trouxemos conosco de vidas passadas;
  • Evitar as barreiras que atrasam nosso progresso rumo à Luz;
  • Superar nossos medos mais profundos;

Tornar-nos “tudo o que podemos ser”, no sentido mais profundo.

Pense num grande foguete interestelar a caminho de uma estrela distante. A bordo há um computador que mantêm o foguete no rumo. Ao rumo de sua rota, o foguete passa por planetas estrelas estranhos que exercem uma atração gravitacional sobre o foguete, mas o computador mantém o vôo num rumo reto e perfeito, fazendo “correções” sempre que necessário.

Nós somos o foguete. o Universo físico é o computador, os planetas e as estrelas são o hardware, e o Tikun é o Software que assegura que nossas vidas fiquem no rumo.

Sem Tikun, o foguete será tirado do caminho várias influências. Em outras palavras, sem levar em consideração nosso “ponto de correção,” estamos fadados a ser empurrados e puxados ao longo da vida pelas posições de nossas estrelas. Nosso Tikun nos mostra o caminho, nos mostra o trabalho que devemos fazer em nós mesmos. Cabe a nós fazermos as correções que mantém o foguete no curso. No mapa astral o Tikun é chamado de nodo lunar.

Lunar é claro se refere à Lua que é muito importante na Cabalah,  pois,  representa o desejo de receber.

 

COMO RESOLVER OS NOSSOS TIKUNS?

 

1º Passo – Ter o objetivo bem definido. É necessário repensar nossos métodos, ações e condutas. A maneira como questionamos influencia o resultado da nossa análise.

– O que está mal?

– Por que tenho determinado problema?

– De que maneira essa situação pode me limitar?

– De quem é a culpa pelo que estou passando?

 

2º Passo – Defina muito bem seu objetivo. O que eu quero realmente?

– Como vejo a realização do meu objetivo? Visualize a realização do seu objetivo e procure utilizar todos os cinco sentidos físicos.

– O que está me impedindo de alcançar o meu objetivo?

– Que recursos eu disponho para alcançar o meu objetivo?

 

No 1º passo, as perguntas sugerem uma desordem. Nos sentimos perdidos, sem saber o que realmente queremos.

 

No 2º passo, as questões procuram organizar os pensamentos partindo do princípio “o que eu quero”. Não tente inventar culpados por não obter o resultado desejado.

 

EXERCÍCIO DE AUTO-REALIZAÇÃO

 

1 – Como anda a sua auto estima? Assuma o comando de sua vida, alterando a sua programação interior.

Use um método que é a “conversa consigo mesmo”, em que a pessoa utiliza frases como:

“Eu sou realmente muito especial. Gosto de quem sou e me sinto bem em relação ao meu ego”.

“Gosto da maneira como sinto, assim como penso e faço as coisas”.

“Eu me aprovo e aprovo quem sou”.

Um exercício simples que pode trazer bons resultados e pode ser feito antes de dormir. Envie sugestões para o seu sub consciente:

“Tenho fortaleza física e mental, e vontade de participar em qualquer coisa que possa surgir e que esteja dentro das minhas aptidões. Posso dominá-las e alcançar sucesso”.

“Sou forte, tenho determinação. Exercerei domínio sobre mim mesmo”.

Essa informação recebida pelo subconsciente atuará durante o dia, fortalecendo a vontade, aumentando a autoconfiança, e principalmente, a autoestima.

 

2 – Porque cultivar bons pensamentos? Porque somos objetos dos nossos pensamentos.

No momento em que cultivamos pensamentos negativos, damos espaço ao medo, angústia e toda infinidade de sentimentos ruins, que apenas servem para bloquear a Luz, assim encobrindo todas as nossas habilidades. Pensando de forma negativa, vamos acabar por ser o nosso pior e mais forte inimigo. Se não quisermos, nem Deus poderá nos ajudar, pois Ele respeita nosso livre-arbítrio.

Você pode encontrar palavras bonitas, mas o mais importante é o que tem relação direta com a sua vida. Fale sempre no presente.

 

“EU QUERO, EU POSSO, EU MEREÇO”.

 

3 – Como se sentir motivado e forte?

Tenha planejamentos e metas.

Planejamento de planos = visão global, detalhada e discreta – “o que alcançar”.

Metas e Ações = passos para a realização dos planos – “como alcançar”.

Fazer planos é uma atitude que direciona as pessoas para alcançarem seus objetivos. Quando temos planos e metas, automaticamente temos maior motivação para viver. Uma pessoa sem planos fica muito frágil aos acontecimentos. Normalmente, tem opiniões fracas e inseguras e está na vida como uma folha ao vento, que pode ser carregada para qualquer direção a qualquer momento.

 

Devemos fazer planos e ter metas para alcançar. Nossos planos devem abranger todas as áreas de nossa vida: profissional, familiar, intelectual, social e espiritual. Um plano bem elaborado conta com ações que devemos tomar e principalmente datas de início e fim. Registrar todas as informações e deixá-las visíveis para constante lembrança. Podemos rever nossos planos, alterá-los e melhorá-los, conforme as necessidades.

 

Existem 3 tipos de planejamentos:

– Curto prazo – de 1 dia a 1 ano

– Médio prazo – de 1 a 5 anos

– Longo prazo – de 5 anos até a vida inteira

Para termos um planejamento de longo prazo, é necessário compatibilizar ou associá-lo com o de curto prazo. Quando planejamos, estamos programando o poder do sub consciente para que ele trabalhe a nosso favor.

Planejar é fundamental para a nossa auto realização e é o primeiro passo para o nosso sucesso em todos os sentidos.